Figueirenses mereciam mais mas Diego não deixou
Há cinco jogos que o Vitória não ganha em casa, há quatro que a Naval não perde, mas o ponto somado é manifestamente insuficiente para as ambições de ambos na Liga. Os figueirenses continuam em perigo de despromoção, os sadinos estão ainda muito próximos da descida, mas à confiança em Mozer acentuam-se as críticas a Manuel Fernandes.
O técnico sadino assumiu como vital a vitória sobre a Naval e os três adversários que se seguem (P. Ferreira, Olhanense e V. Guimarães), mas não conseguiu mais que um empate e bem pode agradecê-lo ao guarda-redes Diego. Foi o segundo empate seguido, depois do nulo em Aveiro. Muito pouco para os adeptos da casa, que, no final, pediram a demissão de Manuel Fernandes.
À Naval moralizada pelos três jogos consecutivos a pontuar (empates com Portimonense e Sporting e vitória sobre a Académica) respondeu um Vitória demasiado passivo (e fraco tecnicamente) para a situação em que se encontra na tabela, a apenas cinco pontos da linha de água.
Mozer, que não pôde contar com o castigado Gomis, peça fundamental na defesa, apostou em Orestes de início, mas poucas preocupações viria a ter com o último sector, ao contrário do Vitória de Setúbal, praticamente sem mãos a medir perante o volume ofensivo dos visitantes.
Foi a Naval quem começou por se impor no Bonfim e que mais ascendente teve ao longo dos 90 minutos - boa circulação de bola, jogadas bem delineadas, um meio-campo e uma frente em consonância -, porém, o guarda-redes sadino revelar-se-ia um adversário de peso.
Aos 18 minutos, por exemplo, Diego evitou que a bola entrasse na sua baliza em dois momentos da mesma jogada: o primeiro na sequência de um remate de fora da área de Carlitos; depois na recarga de Fábio Júnior.
Vantagem inesperada
Mas apesar da pressão da Naval e da sofrível reacção do Vitória, foi a equipa da casa quem inaugurou o marcador, por Neca, aos 26 minutos. Um grande golo do médio português, sem hipóteses de defesa para Salin, após um livre bem batido por Weliander Silva.
Com o golo o Vitória cresceu um bocadinho, mas não o suficiente para intimidar a Naval. Manuel Fernandes percebeu-o e ao intervalo deixou Willian (esteve mesmo em campo?) no balneário e apostou no jovem Zeca.
Só deu Diego
Tal como no primeiro tempo, a Naval entrou determinada a recuperar o tempo perdido (nas primeiras jornadas do campeonato) e, com mérito, mas também responsabilidades para a defesa da casa, chegou ao empate, logo aos 47 minutos. Michel Simplício desmarcou Fábio Júnior na frente, que, sozinho perante Diego, bateu, finalmente, o guarda-redes sadino.
Diego negaria, pouco depois, o segundo à Naval, após uma reposição de bola de Salin, mas, desta feita, Fábio Júnior não conseguiu levar a melhor sobre o guarda-redes.
Até ao fim seria Diego o garante do ponto ao Vitória, perante a ineficácia do pelotão da frente - o fraquíssimo Brasão (cinco foras-de-jogo!) e o bem intencionado Pitbull. A Naval merecia mais e Manuel Fernandes voltou a ver lenços brancos.
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