O DRAGÃO CAMPEÃO DE INVERNO
Pleno de vitórias dos grandes, lugares fixados no topo, constituição natural do pódio. Sabores diferentes: divertimento do FC Porto, inquietação do Benfica, desapontamento do Sporting. Nada se alterou, nos três primeiros lugares, na última jornada deste ano. Os oito pontos de vantagem do FC Porto são importantes, funcionam como uma almofada e deixam o dragão, invicto e audaz, em posição privilegiada, na pole-position, para atacar a segunda parte da temporada. A equipa portista sentiu uma quebra pós-Benfica e perdeu o brilhantismo, sim, mas manteve-se vitoriosa, invicta e capaz. Ganhou, cimentou a liderança, empinou o nariz e seguiu caminho. Os adversários, sobretudo o campeão, ainda acreditam, esperam, anseiam. Têm fé. E pretendem um resto de época melhor.
Primeiro lugar, oito pontos de vantagem, posição confortável e passada segura. Uma vitória, dourada e fundamental, para fechar: em Paços de Ferreira, por três golos de diferença, aparentemente fácil, clara e sem discussão, mas, no fundo, enganadora: o FC Porto foi melhor, teve uma primeira parte de alto rendimento, dominou e destruiu, chegou à vantagem, falhou mais oportunidades para aumentar, só que no final, por acção da equipa pacense na segunda parte, tremeu, mais uma vez, mostrou debilidades, viu Helton agigantar-se e só no período de descontos, numa grande penalidade mal assinalada por Artur Soares Dias, que já antes perdoara um derrube a Hulk na área, serenou. Marcou por Otamendi, por Hulk e por Walter. O dragão foi asfixiante no início e apático no fim. Mesmo assim venceu. Com robustez, com confiança e com os galões de quem é líder. O FC Porto termina o ano invicto. É campeão de Inverno. E, mesmo perdendo o brilhantismo exibido, continua seguro. Está no topo. Bem agarrado.
Segundo lugar, oito pontos de atraso para o topo, posição inquietante para o campeão e prestações titubeantes. O Benfica começou mal o campeonato: três derrotas em quatro jogos, FC Porto a fugir, defesa do título comprometida e decisões difícieis. Melhorou, correu em busca do prejuízo, conseguiu uma bela série de vitórias sem sofrer golos, foi esmagado por um dragão enraivecido e demolidor, abalou verdadeiramente aí, mas recuperou, depois, o trilho vencedor, com vitórias, no campeonato, sobre Naval, Beira-Mar e Olhanense. Apurou-se, também, para a Taça de Portugal. Desiludiu na Europa, conseguindo o terceiro lugar in extremis, depois de falhar a Liga dos Campeões. Mas conseguiu terminar bem o ano. Não conseguiu que o FC Porto escorregasse, permitindo recuperar o fôlego, mas venceu o Rio Ave: bom jogo, entrada massacrante, jogo dinâmico, uma espécie ar de graça da época passada, Toto Salvio em destaque e vitória robusta, por 5-2, sobre uma briosa equipa vila-condense.
Terceiro lugar, treze pontos de diferença para o primeiro lugar, barreira dura e campeonato transformado em utopia. O Sporting chega a Dezembro, mal refeito de uma temporada de verdadeiro pesadelo, com as suas aspirações a conquistar o título, para onde partiu com algum atraso relativamente ao campeão Benfica e ao FC Porto, arruinadas. Persegue, mesmo assim, a melhor classificação possível. Encara um jogo de cada vez, pretende vencê-lo, cimentando a sua posição, pressionando e esperando que os adversários percam pontos. Depois de duas derrotas, uma inconsequente e outra que afastou a Taça de Portugal, o leão apareceu bem em Setúbal, mostrou garra, fez do orgulho ferido uma arma, assumiu-se dominador, ganhou o controlo do jogo e ganhou clara e merecidamente. Marcou duas vezes por Yannick Djaló, regressado aos golos, pelo meio contando também com a ajuda preciosa de Abel. A vitória serve, pelo menos, para manter o Sporting vivo, acordado e fixado no terceiro lugar. Mais do que isso é utopia.
O União de Leiria fecha o ano no quarto lugar. A equipa leiriense, depois de um arranque intermitente, soma vinte e quatro pontos, apenas menos um de que o Sporting, por ter vencido, na Figueira, a Naval (0-3) - resultado que levou à demissão de Rogério Gonçalves, segundo treinador dos figueirenses nesta temporada, devido à série de maus resultados que deixa a equipa na última posição, com apenas cinco pontos conquistados. O último lugar de acesso à Europa é, actualmente, ocupado pelo Vitória de Guimarães, com vinte e dois pontos, embora a equipa vimaranense tenha sido derrotada, em Aveiro, pelo surpreendente Beira-Mar (3-2) - em oitavo, somando dezanove pontos. Nacional (empate, a zero, em Olhão) e Sp.Braga (regresso triunfal, categórico, gordo: 5-0 à Académica) estão em posição intermédia, com vinte e um e vinte pontos, respectivamente. O Marítimo empatou (1-1) com o Portimonense e fixou-se, a par do Olhanense, no décimo lugar, com dezasseis pontos. Seguem-se P.Ferreira (quinze), Rio Ave (catorze), V.Setúbal (treze) e Portimonense (nove).
Pleno de vitórias dos grandes, lugares fixados no topo, constituição natural do pódio. Sabores diferentes: divertimento do FC Porto, inquietação do Benfica, desapontamento do Sporting. Nada se alterou, nos três primeiros lugares, na última jornada deste ano. Os oito pontos de vantagem do FC Porto são importantes, funcionam como uma almofada e deixam o dragão, invicto e audaz, em posição privilegiada, na pole-position, para atacar a segunda parte da temporada. A equipa portista sentiu uma quebra pós-Benfica e perdeu o brilhantismo, sim, mas manteve-se vitoriosa, invicta e capaz. Ganhou, cimentou a liderança, empinou o nariz e seguiu caminho. Os adversários, sobretudo o campeão, ainda acreditam, esperam, anseiam. Têm fé. E pretendem um resto de época melhor.
Primeiro lugar, oito pontos de vantagem, posição confortável e passada segura. Uma vitória, dourada e fundamental, para fechar: em Paços de Ferreira, por três golos de diferença, aparentemente fácil, clara e sem discussão, mas, no fundo, enganadora: o FC Porto foi melhor, teve uma primeira parte de alto rendimento, dominou e destruiu, chegou à vantagem, falhou mais oportunidades para aumentar, só que no final, por acção da equipa pacense na segunda parte, tremeu, mais uma vez, mostrou debilidades, viu Helton agigantar-se e só no período de descontos, numa grande penalidade mal assinalada por Artur Soares Dias, que já antes perdoara um derrube a Hulk na área, serenou. Marcou por Otamendi, por Hulk e por Walter. O dragão foi asfixiante no início e apático no fim. Mesmo assim venceu. Com robustez, com confiança e com os galões de quem é líder. O FC Porto termina o ano invicto. É campeão de Inverno. E, mesmo perdendo o brilhantismo exibido, continua seguro. Está no topo. Bem agarrado.
Segundo lugar, oito pontos de atraso para o topo, posição inquietante para o campeão e prestações titubeantes. O Benfica começou mal o campeonato: três derrotas em quatro jogos, FC Porto a fugir, defesa do título comprometida e decisões difícieis. Melhorou, correu em busca do prejuízo, conseguiu uma bela série de vitórias sem sofrer golos, foi esmagado por um dragão enraivecido e demolidor, abalou verdadeiramente aí, mas recuperou, depois, o trilho vencedor, com vitórias, no campeonato, sobre Naval, Beira-Mar e Olhanense. Apurou-se, também, para a Taça de Portugal. Desiludiu na Europa, conseguindo o terceiro lugar in extremis, depois de falhar a Liga dos Campeões. Mas conseguiu terminar bem o ano. Não conseguiu que o FC Porto escorregasse, permitindo recuperar o fôlego, mas venceu o Rio Ave: bom jogo, entrada massacrante, jogo dinâmico, uma espécie ar de graça da época passada, Toto Salvio em destaque e vitória robusta, por 5-2, sobre uma briosa equipa vila-condense.
Terceiro lugar, treze pontos de diferença para o primeiro lugar, barreira dura e campeonato transformado em utopia. O Sporting chega a Dezembro, mal refeito de uma temporada de verdadeiro pesadelo, com as suas aspirações a conquistar o título, para onde partiu com algum atraso relativamente ao campeão Benfica e ao FC Porto, arruinadas. Persegue, mesmo assim, a melhor classificação possível. Encara um jogo de cada vez, pretende vencê-lo, cimentando a sua posição, pressionando e esperando que os adversários percam pontos. Depois de duas derrotas, uma inconsequente e outra que afastou a Taça de Portugal, o leão apareceu bem em Setúbal, mostrou garra, fez do orgulho ferido uma arma, assumiu-se dominador, ganhou o controlo do jogo e ganhou clara e merecidamente. Marcou duas vezes por Yannick Djaló, regressado aos golos, pelo meio contando também com a ajuda preciosa de Abel. A vitória serve, pelo menos, para manter o Sporting vivo, acordado e fixado no terceiro lugar. Mais do que isso é utopia.
O União de Leiria fecha o ano no quarto lugar. A equipa leiriense, depois de um arranque intermitente, soma vinte e quatro pontos, apenas menos um de que o Sporting, por ter vencido, na Figueira, a Naval (0-3) - resultado que levou à demissão de Rogério Gonçalves, segundo treinador dos figueirenses nesta temporada, devido à série de maus resultados que deixa a equipa na última posição, com apenas cinco pontos conquistados. O último lugar de acesso à Europa é, actualmente, ocupado pelo Vitória de Guimarães, com vinte e dois pontos, embora a equipa vimaranense tenha sido derrotada, em Aveiro, pelo surpreendente Beira-Mar (3-2) - em oitavo, somando dezanove pontos. Nacional (empate, a zero, em Olhão) e Sp.Braga (regresso triunfal, categórico, gordo: 5-0 à Académica) estão em posição intermédia, com vinte e um e vinte pontos, respectivamente. O Marítimo empatou (1-1) com o Portimonense e fixou-se, a par do Olhanense, no décimo lugar, com dezasseis pontos. Seguem-se P.Ferreira (quinze), Rio Ave (catorze), V.Setúbal (treze) e Portimonense (nove).
1 comentário:
k
Enviar um comentário