Numa noite que podia ser histórica para Portugal, o Braga jogava um dos jogos mais importantes da sua vida, estando em causa o apuramento histórico para as meias-finais.
Com vantagem na eliminatória, e com somente 13 jogadores disponíveis e com uma defesa remendada, o Braga entrou bem, a criar perigo e a tentar afastar o Dínamo da sua baliza. Tudo ficou mais complicado quando Paulo César, que estava a fazer de lateral direito, foi expulso, justamente, aos 30 minutos. Era preciso agora que o Braga fosse ainda mais Gverreiro e aguentasse até ao fim. Ainda assim, a melhor oportunidade do jogo pertenceu ao Braga já na parte final do primeiro período, quando Meyong não conseguiu marcar, já depois do guarda-redes ucraniano não ter conseguido agarrar um livre de Hugo Viana. Isto tudo depois de um período onde o Dínamo se tinha instalado no meio-campo e tentava marcar.
Ao intervalo, resultado justo e o Braga a 45 minutos do sonho, era preciso que a equipa tivesse o sobrenome de Domingos, paciência e muita, mas também vontade, capacidade de sofrimento e acreditar, pois o Dínamo viria com tudo.
Puro engano, na segunda parte, quem não soubesse não diria que o Braga estava com menos um jogador. O Braga foi mais forte, tinha os lances de maior perigo, frente a um Kiev ainda mais nervoso que o Braga, que não parava para pensar, que parecia pouco incisivo na hora de atacar. O Braga ia criando perigo, ia aproveitando o tempo em que tinha a bola para fazê-lo passar, mas com varias oportunidades desperdiçadas e com o tempo a passar, muitos temiam que pudesse acontecer a velha máxima do futebol, quem não marca...
Mas não aconteceu, pois Artur impediu o golo na única oportunidade de perigo do Dínamo na segunda parte. Com o passar do tempo, os nervos eram cada vez maiores, pois um golo do Dínamo deitava tudo a perder, o relógio passava, o Dínamo tentava atacar, mas quando o arbitro apitou para o final, um misto de emoções apoderou-se dos fantásticos braguista. Alivio, pelo jogo ter acabado, euforia por termos feito(mais) história, orgulho nesta equipa.
Noite de sonho para todos nós, portugueses, onde 3 equipas vão às meias finais e uma terá lugar na final, e desde já parabéns ao Porto e Benfica, mas acima de tudo parabéns a este Braga, que fez das fraquezas força, aproveitou o que tinha, soube sofrer, mas soube acima de tudo acreditar, é disto que se fazem os campeões.
Deixem-nos sonhar.
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