O título será decidido ao som do gongo. Depois de dois anos em que o FC Porto comemorou antes da última jornada, o campeão desta edição do campeonato, 2009-10, só será conhecido na derradeira ronda. Ou, recorrendo a uma analogia utilizada por Carlos Queiroz na fase de apuramento para o Mundial da África do Sul, após ser ultrapassado o último dos trinta obstáculos da maratona. Benfica ou Sp.Braga? Imediatamente se responde Benfica. É quem conta com maiores probabilidades de sucesso. E, acima de tudo, só depende de si, de um pontinho que seja, para carimbar a conquista do campeonato, o trigésimo segundo do seu historial, culminando um percurso de enorme regularidade, sem que se tenha sentido grande turbulência no caminho, apenas travado em Braga e no Dragão. Joga em casa, também. E a Luz tem sido verdadeiramente infernal.
Apenas por uma vez neste campeonato o Benfica cedeu pontos em casa. O Marítimo, com Carlos Carvalhal no comando, empatou, a um, na primeira jornada. De lá para cá segue-se um registo imaculado de treze vitórias, contando com quarenta e três golos marcados e cinco sofridos - contabilizando o tento de Alonso, para o Marítimo, e de Weldon, na ronda inaugural. Para além disso, o Benfica terá o estádio cheio, um público sedento de assegurar o título de campeão nacional, o objectivo prioritário da temporada. Um empate bastará aos encarnados para, ante o Rio Ave, poderem, então, comemorar. Não é crível, por isso, que o Benfica desperdice tão soberana oportunidade para interromper o ciclo vitorioso do FC Porto, recuperando o troféu mais ambicionado, coroando uma época em que se superiorizou e foi realmente a melhor equipa. Falhar será um golpe de teatro pouco visto.
O título do Benfica é há muito anunciado, sim, mas não está garantido. Por isso há esperança no adversário. Enquanto a matemática não confirma, mesmo que a razão assegure ser extremamente complicado, o coração acreditará sempre. É o que acontece no Sp.Braga. Os minhotos já subiram ao pedestal que lhes garante o acesso à pré-eliminatória da Liga dos Campeões, um feito histórico no clube, mas o título é ainda ambicionado. Ainda é possível, afinal, e aí ficará imortalizado como triunfante. Ficaria bem entregue ao Sp.Braga? Sim. A equipa de Domingos Paciência atingiu os setenta pontos, superou equipas anteriormente campeãs, manteve-se na mó de cima desde início. Encontrou, contudo, um Benfica pujante e vigoroso como há muito não se via. Mas, mesmo assim, impediu ao máximo que os benfiquistas festejassem. Deixar as decisões para o fim é mérito bracarense.
No domingo, antes da 20h, haverá campeão em Portugal. A festa será vermelha. O Benfica, como se disse, tem tudo a seu favor, apesar de não contar com três titulares (Fábio Coentrão, Javi García e Di María) mostrou ter alternativas à altura (César Peixoto, Airton e, talvez, Weldon ocuparão as vagas), não se esperando que falhe naquele que é, porventura, o momento mais importante dos encarnados desde 2006 - quando a então equipa de Ronald Köeman surpreendeu na Liga dos Campeões. À espreita, jogando na Madeira com os ouvidos na Luz, estará o Sp.Braga. Desejando um escorregão, aliando a uma vitória no difícil terreno do Nacional, para abrilhantar definitivamente uma temporada de ouro - aconteça o que acontecer esta será sempre uma época marcante para o Sp.Braga. Os minhotos têm fé. O futebol é imprevisível, não se encontram vencedores por antecipação. É esse o espírito que reina em Braga. Na Luz há auto-confiança. Qual leva a melhor?
Apenas por uma vez neste campeonato o Benfica cedeu pontos em casa. O Marítimo, com Carlos Carvalhal no comando, empatou, a um, na primeira jornada. De lá para cá segue-se um registo imaculado de treze vitórias, contando com quarenta e três golos marcados e cinco sofridos - contabilizando o tento de Alonso, para o Marítimo, e de Weldon, na ronda inaugural. Para além disso, o Benfica terá o estádio cheio, um público sedento de assegurar o título de campeão nacional, o objectivo prioritário da temporada. Um empate bastará aos encarnados para, ante o Rio Ave, poderem, então, comemorar. Não é crível, por isso, que o Benfica desperdice tão soberana oportunidade para interromper o ciclo vitorioso do FC Porto, recuperando o troféu mais ambicionado, coroando uma época em que se superiorizou e foi realmente a melhor equipa. Falhar será um golpe de teatro pouco visto.
O título do Benfica é há muito anunciado, sim, mas não está garantido. Por isso há esperança no adversário. Enquanto a matemática não confirma, mesmo que a razão assegure ser extremamente complicado, o coração acreditará sempre. É o que acontece no Sp.Braga. Os minhotos já subiram ao pedestal que lhes garante o acesso à pré-eliminatória da Liga dos Campeões, um feito histórico no clube, mas o título é ainda ambicionado. Ainda é possível, afinal, e aí ficará imortalizado como triunfante. Ficaria bem entregue ao Sp.Braga? Sim. A equipa de Domingos Paciência atingiu os setenta pontos, superou equipas anteriormente campeãs, manteve-se na mó de cima desde início. Encontrou, contudo, um Benfica pujante e vigoroso como há muito não se via. Mas, mesmo assim, impediu ao máximo que os benfiquistas festejassem. Deixar as decisões para o fim é mérito bracarense.
No domingo, antes da 20h, haverá campeão em Portugal. A festa será vermelha. O Benfica, como se disse, tem tudo a seu favor, apesar de não contar com três titulares (Fábio Coentrão, Javi García e Di María) mostrou ter alternativas à altura (César Peixoto, Airton e, talvez, Weldon ocuparão as vagas), não se esperando que falhe naquele que é, porventura, o momento mais importante dos encarnados desde 2006 - quando a então equipa de Ronald Köeman surpreendeu na Liga dos Campeões. À espreita, jogando na Madeira com os ouvidos na Luz, estará o Sp.Braga. Desejando um escorregão, aliando a uma vitória no difícil terreno do Nacional, para abrilhantar definitivamente uma temporada de ouro - aconteça o que acontecer esta será sempre uma época marcante para o Sp.Braga. Os minhotos têm fé. O futebol é imprevisível, não se encontram vencedores por antecipação. É esse o espírito que reina em Braga. Na Luz há auto-confiança. Qual leva a melhor?
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