Um golo de Cristián Rodríguez, aos 87 minutos, permitiu ao FC Porto vencer a Académica por um tangencial 2-1, em jogo da 23.ª jornada da Liga portuguesa de futebol, disputado no Estádio Cidade de Coimbra.
Foi a quarta vez, esta temporada, que "azuis e brancos" e "estudantes" se encontraram, com o FC Porto a vencer três vezes pela margem mínima (3-2 no Porto e 1-2 em Coimbra para a Liga e 1-0 nas meias finais da Taça da Liga, no Estádio do Dragão) e empataram uma (a zero na fase de grupos da Taça da Liga, em Coimbra).
Este resultado pode ter mantido a esperança do FC Porto na luta pelo título e contribuiu para fazer as pazes entre os tetracampeões e os seus adeptos, depois da goleada sofrida com o Arsenal, por 5-0.
A partida teve um espectador especial, o seleccionador nacional, Carlos Queirós, em missão de observação.
A Académica continua sem vencer o FC Porto há quase 40 anos, com o último triunfo dos "estudantes" a datar de Novembro de 1970, altura em que venceram por 3-2.
Durante a primeira parte assistiu-se a um encontro equilibrado com oportunidades de parte a parte.
Se os "estudantes" deram o mote com Éder a fintar uma série de adversários pela esquerda, aos 08 minutos, dando de bandeja para Sougou atirar para as nuvens, vinte minutos depois foi a vez de Falcao se isolar perante Ricardo, que evitou o golo, mas apenas na recarga. Pelo meio, Rodriguez e João Ribeiro foram protagonistas de lances perigosos para as duas balizas.
Logo depois da meia hora de jogo, a partida ganhou alguma emoção com os golos a surgirem num espaço de dois minutos: primeiro foi Sougou, aos 33, a marcar de forma irrepreensível uma grande penalidade a castigar um derrube de Bruno Alves sobre Éder.
Depois foi o mesmo Bruno Alves, na sequência de um livre, a redimir-se do seu erro e cabecear certeiro, empatando a contenda, num lance em que Ricardo, que sairia lesionado, e Orlando se desentenderam.
Ao intervalo, na curta "viagem" para o túnel de acesso aos balneários, houve um ambiente de alguma tensão entre o treinador da Académica, André Villas-Boas, e o adjunto de Jesualdo Ferreira, José Gomes, a serem separados por alguns responsáveis ao jogo.
Após os 45 minutos iniciais, entrou-se numa fase bastante quezilenta do jogo, com muitas paragens devido a choques ou entradas mais duras de ambas as partes.
As maiores jogadas de perigo pertenceram aos homens da casa, com Éder a cabecear ao lado da baliza à guarda de Beto, aos 56, e Sougou, aos 64, a obrigar o guardião a uma boa defesa, na sequência da marcação de um livre.
As emoções estariam reservadas para a parte final do jogo, na qual Rodriguez sentenciou a partida ao marcar, pelo buraco da agulha o golo da vitória, num remate bem forte, aos 86 minutos, e para o desperdício de Falcao, que "arranca" uma grande penalidade a Rui Nereu, já no período de descontos, e na marcação, atira a bola para as nuvens.
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