No regresso do revoltado, o F.C.Porto conseguiu uma vitória natural, tranquila, sem discussão, numa exibição que não foi brilhante, muito longe disso, mas teve períodos razoáveis, principalmente quando o protagonista era Hulk. Depois de uma vitória em Vila do Conde, para a Taça, que nos colocou com pé e meio no Jamor, agora mais uma vitória que permite encurtar distâncias para o segundo lugar e acalentar esperanças na luta por um lugar na Champions. É pouco, estamos habituados a muito mais, mas nesta altura temos de ser realistas e fazer tudo de maneira que, se esse objectivo não for conseguido, não seja por não termos feito a nossa obrigação.
Frente a um Belenenses fraquinho, tenrinho, com a moral pelas ruas da amargura, quase condenado e que nos faz questionar, como foi possível esta equipa nos ter "roubado" 2 pontos no Dragão e nos levar a um prolongamento no jogo da Taça da Portugal, o F.C.Porto manteve a mesma base que vençeu a equipa vila-condense, apenas com três alterações: Helton no lugar de Beto, M.Lopes no lugar de Fucile e Hulk em vez de Belluschi. E foi um Porto para pior do que aquele que derrotou o Rio Ave, um Porto como quase sempre esta época: ritmo lento, pouca criatividade, pouca intensidade, meio-campo que aparece pouco na frente, pouca ligação, algumas desconcentrações, que hoje deu para vencer, mas nos próximos jogos, que terão um grau de dificuldade muito superior, não sei se chegará. Fica o aviso.
Como já disse, o melhor deste jogo foi Hulk, que, mesmo depois de uma longa paragem e acusando, naturalmente, falta de competição, foi o responsável pelo que de melhor o Tetracampeão fez esta noite. O nº12 portista, correu, marcou - e que golo! - Assistiu, não se agarrou muito à bola e melhor que tudo, não discutiu, mesmo quando as decisões do árbitro, foram de bradar aos céus - mais um golo mal invalidado a Falcao, já é o quarto. Assim o paraguaio ganha o bola-de-prata, pudera! Depois dele, gostei de Álvaro Pereira, Fernando - tirando uma ou outra falta, sem necessidade -, de Falcao - embora o cansaço, que se nota, o leve a agarrar-se de mais à bola - de Ruben Micael e de Guarín - só na segunda-parte. Gostei menos dos centrais - estiveram melhor a atacar que a defender, o que não os abona -, de Meireles - nitidamente sem força -, de Helton - teve algumas desconcentrações que não pode repetir -, de Miguel Lopes - faz coisas que às vezes custam caro -, de Belluschi - entrou mal e ainda ficou pior depois da bolada que apanhou - e Valeri - apesar de só ter jogado 5 minutos...
Nota final: não vou entrar na onda da discussão especulativa, se com Hulk estariamos mais à frente ou mais atrás, se com ele tínhamos menos pontos ou mais, até porque como já disse, a falta de Hulk não justifica tudo. Isso agora não interessa, já não adianta, é assunto para ser tratado por quem de direito e só espero que quem tão mal nos tratou, tanto nos prejudicou, pague, mas pague tudo o que tem de pagar.
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