PLENO DE VITÓRIAS DOS GRANDES COM DRAGÃO ISOLADO
Sem companhia, sem ter que partilhar o topo com ninguém, poupando esse incómodo, o FC Porto é, à terceira jornada, líder isolado da Liga ZON Sagres. Os dragões são a única equipa que soma a totalidade dos pontos, arrancou forte, superou os três testes iniciais, se bem que nenhum deles tenha sido verdadeiramente uma prova de fogo, até se instalar confortavelemente na liderança. O Nacional, antes líder a par do FC Porto, perdeu e viu-se ultrapassado, no segundo lugar, pelo Sp.Braga. Na terceira jornada, com duas derrotas para trás, o Benfica mostrou os seus atributos: bateu o Vitória de Setúbal, jogou bem, até pelas circunstâncias, conseguindo afastar eventuais fantasmas em torno da equipa. O Sporting completou o pleno de vitórias dos grandes na Figueira da Foz.
O dragão marca os ritmos, mede as pulsações do rival e sabe o que quer e o que precisa. Tem ousadia, dinâmica e é versátil. O FC Porto tornou-se mais pragmático, marcado por rompantes de classe, mostra-se decidido. Ainda não está em ponto de rebuçado, porque falta aliar a capacidade para ter a bola com um brilhantismo que remeta adversário à sua área. Conta com um Givanildo revoltado que se transforma em Hulk, solta a raiva em talento, parece querer deixar o vício de tentar resolver sozinho e é decisivo. Em Vila do Conde, soltando o dragão das amarras que Carlos Brito lhe colocou, Hulk marcou dois golos, em momentos cruciais e desencorajadores da reacção de um Rio Ave organizado mas curto. Jorge Sousa, ainda: mal auxiliado, não viu falta de Falcao no lance do primeiro golo e, para cúmulo, deixou passar uma grande penalidade clara sobre Tarantini numa jogada que deveria ter sido anulada por fora-de-jogo.
À terceira, sim, foi de vez. Que o Benfica ganhou, que Óscar Cardozo recuperou o gosto pelos golos e que Roberto foi fundamental para o triunfo. O campeão reapareceu, mandou no jogo, fez uma exibição segura, conseguiu fazer três golos e derrotou o Vitória de Setúbal. Marcou por Tacuara, na estreia do goleador-mor da época passada, numa cabeçada certeira após um cruzamento de Nico Gaitán, nos lances em que Cardozo se sente realmente forte, aumentou por Luisão, no golo da tranquilidade, antes de Pablo Aimar fixar o resultado. Isso é o mais importante de tudo. Pelo meio, ainda vivendo às custas do golo de Cardozo, invertendo os papéis, Roberto, desta vez suplente, saltou do banco, forçado pela expulsão de Júlio César, para defender uma grande penalidade. A ironia do futebol no seu esplendor. O Vitória, mesmo com superioridade numérica, foi incapaz de ser mais ousado e colocar em perigo a vitória do Benfica.
O Sp.Braga vive em estado de graça, quer transportá-lo para outra realidade na tentativa de o prolongar, sentindo o gosto das conquistas para se manter igual, sem altos e baixos, na procura de se consolidar, seja na Europa ou em Portugal, como equipa de valor. Depois de Sevilha, da História e de uma noite memorável que não mais se apagará, aconteça o que acontecer daqui em diante, encontrou o Marítimo pelo caminho. Um adversário complicado por tradição, ferido no orgulho, derrotado nas duas primeiras jornadas e no playoff europeu, jogando o seu futuro, sobretudo Mitchell Van der Gaag, em busca de uma vitamina que quebre o pessimismo. Colocou obstáculos, atrapalhou e impediu que o Sp.Braga deslumbrasse. Mas a equipa bracarense foi melhor, mais incisiva, superiorizou-se. E conseguiu ganhar. Marcou por Sílvio, herói improvável mas em emergência, num pontapé sensacional. Tudo o resto é secundário.
Um início em falso, com fantasmas antigos num regresso a um passado apático, quebrado por um triunfo suado frente ao Marítimo e, sobretudo, pela recuperação ante o Brondby. Mais do que ganhar um lugar na Liga Europa, o Sporting conseguiu fortalecer-se, crescer e aumentar a sua capacidade. Jogou, agora, na Figueira da Foz: dominou, impediu que a Naval mostrasse a organização e a consistência que quase surpreenderam o FC Porto ao travar as investidas do adversário, sobrepondo-se e ficando completamente por cima. O golo surgiu antes do intervalo, num belo toque de calcanhar de Liedson, quebrando o seu jejum, embora tenha sido precedido de irregularidade. Os leões, de novo num erro de Elmano Santos, aumentaram por Matías Fernández e, aproveitando a enésima falha da defesa navalista, engordaram num golo oportuno de Yannick. Na recta final, com pouco em jogo, João Pedro limpou a honra da Naval.
Até então cem por cento vitorioso, com o triunfo sobre o Benfica como cartão de visita, partilhando a liderança com o FC Porto, o Nacional perdeu, em casa, frente ao Vitória de Guimarães - graças a um hat-trick de Marcelo Toscano, avançado brasileiro em estreia pelos vimaranenses, transfigurado em diabo na Madeira. O Olhanense, depois de dois empates, conseguiu vencer, justamente, derrotando, em casa, a União de Leiria (1-0) - os leirienses mantêm dois pontos, fruto de dois nulos, ainda sem qualquer golo marcado nas três primeiras jornadas -, colocando-se no grupo de quartos classificados, onde também está o Paços de Ferreira, depois do empate a dois, ante o Portimonense - primeiro ponto para os algarvios. O Beira-Mar venceu a Académica, por 2-1, conseguindo a sua primeira vitória, enquanto os estudantes, depois de um triunfo e um empate, perderam ao terceiro jogo.
Sem companhia, sem ter que partilhar o topo com ninguém, poupando esse incómodo, o FC Porto é, à terceira jornada, líder isolado da Liga ZON Sagres. Os dragões são a única equipa que soma a totalidade dos pontos, arrancou forte, superou os três testes iniciais, se bem que nenhum deles tenha sido verdadeiramente uma prova de fogo, até se instalar confortavelemente na liderança. O Nacional, antes líder a par do FC Porto, perdeu e viu-se ultrapassado, no segundo lugar, pelo Sp.Braga. Na terceira jornada, com duas derrotas para trás, o Benfica mostrou os seus atributos: bateu o Vitória de Setúbal, jogou bem, até pelas circunstâncias, conseguindo afastar eventuais fantasmas em torno da equipa. O Sporting completou o pleno de vitórias dos grandes na Figueira da Foz.
O dragão marca os ritmos, mede as pulsações do rival e sabe o que quer e o que precisa. Tem ousadia, dinâmica e é versátil. O FC Porto tornou-se mais pragmático, marcado por rompantes de classe, mostra-se decidido. Ainda não está em ponto de rebuçado, porque falta aliar a capacidade para ter a bola com um brilhantismo que remeta adversário à sua área. Conta com um Givanildo revoltado que se transforma em Hulk, solta a raiva em talento, parece querer deixar o vício de tentar resolver sozinho e é decisivo. Em Vila do Conde, soltando o dragão das amarras que Carlos Brito lhe colocou, Hulk marcou dois golos, em momentos cruciais e desencorajadores da reacção de um Rio Ave organizado mas curto. Jorge Sousa, ainda: mal auxiliado, não viu falta de Falcao no lance do primeiro golo e, para cúmulo, deixou passar uma grande penalidade clara sobre Tarantini numa jogada que deveria ter sido anulada por fora-de-jogo.
À terceira, sim, foi de vez. Que o Benfica ganhou, que Óscar Cardozo recuperou o gosto pelos golos e que Roberto foi fundamental para o triunfo. O campeão reapareceu, mandou no jogo, fez uma exibição segura, conseguiu fazer três golos e derrotou o Vitória de Setúbal. Marcou por Tacuara, na estreia do goleador-mor da época passada, numa cabeçada certeira após um cruzamento de Nico Gaitán, nos lances em que Cardozo se sente realmente forte, aumentou por Luisão, no golo da tranquilidade, antes de Pablo Aimar fixar o resultado. Isso é o mais importante de tudo. Pelo meio, ainda vivendo às custas do golo de Cardozo, invertendo os papéis, Roberto, desta vez suplente, saltou do banco, forçado pela expulsão de Júlio César, para defender uma grande penalidade. A ironia do futebol no seu esplendor. O Vitória, mesmo com superioridade numérica, foi incapaz de ser mais ousado e colocar em perigo a vitória do Benfica.
O Sp.Braga vive em estado de graça, quer transportá-lo para outra realidade na tentativa de o prolongar, sentindo o gosto das conquistas para se manter igual, sem altos e baixos, na procura de se consolidar, seja na Europa ou em Portugal, como equipa de valor. Depois de Sevilha, da História e de uma noite memorável que não mais se apagará, aconteça o que acontecer daqui em diante, encontrou o Marítimo pelo caminho. Um adversário complicado por tradição, ferido no orgulho, derrotado nas duas primeiras jornadas e no playoff europeu, jogando o seu futuro, sobretudo Mitchell Van der Gaag, em busca de uma vitamina que quebre o pessimismo. Colocou obstáculos, atrapalhou e impediu que o Sp.Braga deslumbrasse. Mas a equipa bracarense foi melhor, mais incisiva, superiorizou-se. E conseguiu ganhar. Marcou por Sílvio, herói improvável mas em emergência, num pontapé sensacional. Tudo o resto é secundário.
Um início em falso, com fantasmas antigos num regresso a um passado apático, quebrado por um triunfo suado frente ao Marítimo e, sobretudo, pela recuperação ante o Brondby. Mais do que ganhar um lugar na Liga Europa, o Sporting conseguiu fortalecer-se, crescer e aumentar a sua capacidade. Jogou, agora, na Figueira da Foz: dominou, impediu que a Naval mostrasse a organização e a consistência que quase surpreenderam o FC Porto ao travar as investidas do adversário, sobrepondo-se e ficando completamente por cima. O golo surgiu antes do intervalo, num belo toque de calcanhar de Liedson, quebrando o seu jejum, embora tenha sido precedido de irregularidade. Os leões, de novo num erro de Elmano Santos, aumentaram por Matías Fernández e, aproveitando a enésima falha da defesa navalista, engordaram num golo oportuno de Yannick. Na recta final, com pouco em jogo, João Pedro limpou a honra da Naval.
Até então cem por cento vitorioso, com o triunfo sobre o Benfica como cartão de visita, partilhando a liderança com o FC Porto, o Nacional perdeu, em casa, frente ao Vitória de Guimarães - graças a um hat-trick de Marcelo Toscano, avançado brasileiro em estreia pelos vimaranenses, transfigurado em diabo na Madeira. O Olhanense, depois de dois empates, conseguiu vencer, justamente, derrotando, em casa, a União de Leiria (1-0) - os leirienses mantêm dois pontos, fruto de dois nulos, ainda sem qualquer golo marcado nas três primeiras jornadas -, colocando-se no grupo de quartos classificados, onde também está o Paços de Ferreira, depois do empate a dois, ante o Portimonense - primeiro ponto para os algarvios. O Beira-Mar venceu a Académica, por 2-1, conseguindo a sua primeira vitória, enquanto os estudantes, depois de um triunfo e um empate, perderam ao terceiro jogo.
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