segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Taça: Naval-Marítimo, 0-2

Naval afunda-se na primeira vitória verde-rubra

O Marítimo conseguiu neste domingo a primeira vitória da época em competições internas e logo num jogo a eliminar. Na Figueira, a tradição de Rogério Gonçalves vencer sempre no encontro de estreia quebrou-se e a Naval saiu pela borda fora da Taça de Portugal. Curiosamente, o último jogo oficial do agora novo treinador navalista foi, justamente, diante do Marítimo, num encontro que ditou o seu despedimento da Académica, há pouco mais de um ano, na sequência da goleada (2-4) sofrida em pleno Estádio Cidade de Coimbra.
Desta feita, a derrota não foi por números tão expressivos mas a «maldição» avoluma-se: os figueirenses não vencem em casa desde o dia 12 de Março, quando bateram a U. Leiria por 1-0, graças a um golo de Diego Ângelo. Mal classificadas na Liga, estas duas equipas acertam contas para a semana, nos Barreiros, onde, curiosamente, os da Figueira até conseguiram bons resultados nos últimos anos.
O Marítimo deu mostras de maior tranquilidade, conseguindo, numa estratégia de contra-ataque, chegar com mais perigo à baliza de Jorge Batista e, nos primeiros 20 minutos, o habitual suplente de Salin terá sido o jogador mais activo, com um punhado de defesas atentas. A Naval respondeu, pelo inconformismo de Hugo Machado, misturado com o habitual egoísmo de Fábio Júnior, que às vezes até faz a diferença. Não foi o caso.


Golos acabam com dúvidas

O golo dos madeirenses, ironicamente, acabou por surgir numa altura em que os figueirenses até controlavam os acontecimentos e o antagonista já não chegava à baliza da equipa da casa há algum tempo. Mas Kléber é assim, não precisa de mais do que um par de oportunidades para atirar a contar. E foi mesmo em cima do intervalo, num trunfo psicológico como alguns gostam de lhe chamar.
A Naval começou a segunda parte a pressionar, obrigando Peçanha e companhia a atenções redobradas. Nada que algumas saídas a punho não tivessem resolvido, até porque os navalistas pecavam (e muito) na finalização, uma vez por falta de uma pontinha de sorte, outras por pura inoperância. As substituições de Rogério Gonçalves só serviram para meter homens na frente, faltando quem lhes fizesse chegar bolas e, quando assim, fica mais fácil a missão de quem tem de defender. No demais perigo, o guarda-redes verde-rubro resolveu sempre a contendo.
O segundo golo insular, num lance de rara beleza de Tchô, que marcou de calcanhar, veio dissipar as últimas dúvidas, se as houvesse: o passaporte para a quarta eliminatória da Taça de Portugal estava mesmo reservado para o Marítimo.


Ficha de Jogo:

Estádio Municipal José Bento Pessoa, na Figueira da Foz.
Árbitro: Jorge Sousa, auxiliado por José Ramalho e José Luís Melo, da AF Porto.
Quarto árbitro: Humberto Teixeira.
NAVAL: Jorge Batista; Carlitos, Gomis, Rogério Gonceição e Camora; Orestes; Alex Hauw (Simplício, 57 minutos) e Hugo Machado; João Pedro (Previtali, 79), Fábio Júnior e Marinho (Edivaldo, 57).
Suplentes não utilizados: Bruno, Daniel Cruz, Godinho e Giuliano.
Treinador: Rogério Gonçalves.
MARÍTIMO: Peçanha; Briguel, Roberge , Robson e Luciano Amaral; Roberto Souza e Rafael Miranda; Kanu (Edivândio, 67), Danilo Dias (Tchô, 58) e Djalma (Baba, 74); Kléber.
Suplentes não utilizados: Marcelo Boeck, João Guilherme, Alonso, Baba e Dylan.
Treinador: Pedro Martins.
Ao intervalo: 0-1.
Marcadores: Kléber (43) e Tchô (78).
Disciplina: cartões amarelos para Rogério Gonçalves (12), Hugo Machado (23), Danilo Dias (26), Camora (36), Carlitos (44) e Edivândio (79).

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