Num bom espectáculo de futebol, o Beira-Mar regressou às vitórias (quase dois meses depois) e praticamente garantiu a manutenção no escalão principal do futebol português.
Rui Bento (fiel ao 4-3-3) apresentou uma meia-surpresa: Yartey na frente de ataque, com Tatu sobre a direita e Artur na esquerda do ataque. André Marques a lateral esquerdo, implicou a subida de Renan para o meio-campo.
O jogo começou com o golo do Beira-Mar. Logo aos 2 mins. Tatu inaugurou o marcador a passe de Yartey, após boa jogada de Renan e Artur (combinação rápida entre os homens da frente). O golo permitiu aos auri-negros dar a iniciativa de jogo ao Paços e apostar no contra-golpe. De realçar a boa (e rápida) reacção forasteira à desvantagem. André Leão enviou a bola ao poste aos 5 minutos e pouco depois foi a vez de Rondon (num cabeceamento) criar perigo.
Durante a 1ª parte, a tendência do jogo foi mais posse de bola para os castores, mais jogo colectivo, algumas situações de golo, enquanto os aveirenses apostavam na velocidade e no erro do adversário. Só nos minutos finais do 1.º tempo, o Beira-Mar conseguiu acalmar o ritmo da partida.
A 2ª parte foi diferente. O Beira-Mar assumiu mais o jogo e Renan com vários remates demonstrou que os aveirenses não se limitavam a defender o resultado. Rui Vitória em desvantagem e percebendo que o Paços estava menos acutilante no ataque, apostou em Caetano e Nelson Oliveira (58'). Os resultados foram imediatos! 3 minutos depois (61'), o Paços marca: cruzamento de Pizzi para a cabeça de Rondon (livre de marcação).
A reacção da equipa ao golo da igualdade foi decisiva para o desfecho do encontro. O Beira-Mar podia ter vacilado, "tremido" ou cair na tentação de segurar um ponto. Mas não foi isso que aconteceu. Foi em busca de algo mais e acabou por ser premiado. Já com Wang Gang (mais uma vez entrou muito bem) no lugar de Yartey, aos 72', na sequência de uma bola parada, Djamal aproveita alguma desatenção dos Paços e fuzilou as redes de Cássio.
Novamente a perder... Rui Vitória "coloca a carne toda no assador" (Amond por Pizzi) mas os resultados práticos da aposta ficaram condicionados com a expulsão de Leonel Olímpio, por alegada agressão a Wang Gang. O jogo "partiu", o Paços apostou nos cruzamentos e o Beira-Mar no contra-golpe: Boa oportunidade aos 88 minutos. Contra-ataque conduzido por Rui Lima » cruzamento de Sérgio Oliveira, há um corte de um defesa e Rui Sampaio chuta para grande defesa de Cássio. O golo da tranquilidade surgiu no último minuto da partida. Livre à entrada da área (por falta de Nelson Oliveira sobre Wang Gang). Toque de Sérgio Oliveira para uma bomba de Renan!
Em suma: Vitória muito, muito importante, justa... diante um adversário de qualidade. Gostámos, uma vez mais, da atitude da equipa. Soube sofrer e ousar nos momentos certos. O Paços de Ferreira não perdia desde Dezembro!
Diferenças do "Beira-Mar de Rui Bento" para o de Leonardo Jardim?: Dos 2 jogos que vimos, parece-nos que Rui Bento aposta mais no contra-ataque, velocidade dos 3 homens da frente, em detrimento da circulação de bola, jogo mais pensado do "Beira-Mar versão Leonardo Jardim". Veremos se esta tendência se mantém nos próximos jogos.
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