Antevia-se um jogo bastante complicado tanto pelas condicionalidades, temperatura e relvado, como pelo próprio adversário, o CSKA, que na época passada chegou aos quartos de final da Liga dos Campeões. O Porto vinha motivado para este encontro com vitórias inegáveis para o campeonato e como o próprio André Villas-Boas disse que vinha à Rússia tentar discutir a vitória. O CSKA ainda está em início de época e vinha de uma derrota perante o Zenit na Supertaça Russa, algo que certamente queriam mudar já neste jogo. Villas-Boas realizou 2 alterações para este encontro deixando Varela e Belluschi no banco, entrando para os seus lugares James Rodriguez e Freddy Guarín, fazendo antever que queria dar mais músculo e força ao meio campo.
Na 1ª parte o CSKA entrou muito bem no jogo criando vários lances perigosos para a baliza azul e branca onde Hélton se mostrou sempre imperial, isto também aconteceu porque o Porto falhou muitos passes no seu meio campo além disso também perdeu muitas bolas que deram origem a momentos de grande aperto na defensiva portista, penso que também se deveu a um mau posicionamento do Porto pelo campo, acho que o Porto ao não estar ambientado a um relvado sintético teve também grande influência principalmente nesta primeira parte. O resultado ia como tinha começado para o intervalo, e sinceramente se por acaso o CSKA estivesse em vantagem por 1-0 ao intervalo era algo que não me chocava, tal foi o domínio conseguido, também por culpa do desacerto do Porto, mas aquela frente de ataque do CSKA tem muita qualidade com o Vagner Love, Doumbia este muito rápido mesmo, Honda nos passes de rotura e nas bolas paradas e até o próprio Dzagoev, a fazer inveja a muitos ataques de grandes equipas.
Na 2ª parte o Porto já entrou melhor conseguindo melhorar o índice de passes certos e a diminuição de perdas de bola, algo que com alguma naturalidade foi dando domínio ao Porto, mas mesmo assim o André Villas-Boas não se mostrava satisfeito de todo e aos 60 minutos tirou James e meteu Varela e foi como uma lufada de ar fresco para o Porto a entrada de Varela,pois o Porto começou a ser mais esclarecido na transição meio-campo/ataque e conseguindo penetrar no último terço do terreno com mais influência. O jogo parecia amarrado, algo que aos 70 minutos foi desamarrado por Guarín, num belo remate à entrada da área, e mais uma vez Villas-Boas ganha o jogo a mexer na equipa, com Varela a mexer bem mais no ataque do que o James tinha feito. Ainda tempo para Hulk sair e entrar Cristian Rodriguez, que também deu mais combatividade ao ataque portista. O Porto após o golo sempre pareceu mais perto do 2º golo que o CSKA do 1º golo, Souza ainda chegou a entrar para o lugar do Guarín e onde se notou mais força física no transporte e posse de bola da equipa portista.
Na minha opinião é um excelente resultado por todas as condicionalidades que é jogar na Rússia e num relvado sintético e também por jogar contra uma equipa com uma frente de ataque que tem ao seu dispor, penso que foi um passo e meio rumo aos quartos de final da Liga Europa, sendo que é preciso ter cuidado no Dragão com o contra ataque venenoso do CSKA, mas em condições ditas normais penso que o Porto também conseguirá levar de vencida este CSKA, apesar que o resultado mais justo do encontro seria o 1-2 para o Porto.
Escrito por Nunes
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