O dragão regressou ao topo, ao seu cantinho de eleição nas últimas temporadas, ocupado por uma águia pujante e dominadora no ano passado, conseguindo colocar-se melhor do que toda a concorrência directa. O FC Porto ainda não encanta, ainda tem falhas, afinações por fazer, mas consegue disfarçá-las e caminhar confiante. Cumpriu, no fundo, a sua obrigação, vencendo a Naval e o Beira-Mar. Leva, por isso, os seis pontos em disputa e apenas tem a companhia do Nacional. Mas, mais importante do que isso, já conseguiu marcar a sua posição perante a concorrência directa, com os desaires dos grandes e o tropeção do outsider: o campeão está no zero, os leões têm três pontos e os bracarenses somam quatro. É muito cedo, sim, mas o FC Porto está em vantagem.
Primeira aparição oficial em casa, primeiras chamas junto dos seus, motivação para dar continuidade ao ciclo vitorioso. O Beira-Mar sabe até onde pode ir, é realista, não teve problemas em reconhecer a superioridade portista. Mesmo assim procurou criar perigo, explorar fragilidades, que existem mas os dragões disfarçam como ninguém, incomodando Helton. Conseguiu-o nos primeiros vinte e cinco minutos: fechou os caminhos, posicionou-se bem e obrigou o FC Porto a errar. O golo de Radamel Falcao, oportuno e letal, soltou o dragão, antes preso por ter ficado órfão de alas por ter perdido Ukra no início, para uma troca de bola eficaz, dominadora, sempre em crescimento. O golo de Belluschi, fabuloso, garantiu a vitória antes do intervalo. O FC Porto elevou o rendimento da segunda parte, o Beira-Mar enrolou a bandeira. O meio-campo azul assentou, pressionou, rompeu e Falcao, puro talento, fixou o resultado.
O Benfica perdeu, pela terceira vez consecutiva no arranque de época, está a zero no campeonato, fez soar o alarme, precisa rapidamente de se reerguer, igualou um mau registo com quase sessenta anos. É incontornável não o referir: Roberto Jiménez, o portero espanhol vive acossado pelo valor que custou, perde espaço de manobra a cada jogo, sempre incentivado por Jorge Jesus, mas fraquejou antes os madeirenses e veste a capa de réu: por não ter sido lesto na saída no golo de Luís Alberto, onde Cardozo falhou a marcação, mas, sobretudo, por ter permitido que um lance inofensivo terminasse no golo da tranquilidade do Nacional. Mas não é o único culpado, porque Gaitán e Cardozo desperdiçaram bolas de golo, ao passo que Rafael Bracali se agigantou na outra baliza. O Benfica está diferente, carente de explosão e equilíbrio, vive apenas de Fábio Coentrão, e só marcou num remate de raiva de Carlos Martins. Foi pouco.
Invertendo a ordem natural dos acontecimentos, relevando o que é mais importante, começa-se pelo final. Tchô derruba Liedson, Bruno Paixão indica grande penalidade, os sportinguistas respiram de alívio por poderem desfazer o nulo, garantindo três pontos preciosos, confiando em Matías Fernández para isso. O chileno parte confiante, imune, atira certeiro. E o Sporting vence o Marítimo, duas equipas derrotadas na primeira jornada do campeonato e a meio da semana para a Liga Europa, criticadas e pressionadas, em busca de uma vitória, fosse como fosse, independentemente da exibição. O Sporting foi sempre mais equipa, mais controladora, criou maior perigo para Marcelo Boeck, mesmo não tendo deslumbrado, bem longe disso, nem sido uma equipa sufocante. Paulo Sérgio arriscou, ficou privado de João Pereira num lance arrepiante, tentou dar maior acutilância à equipa e terminou a sorrir. Três pontos amealhados, ponto final.
Corpo em Setúbal, mente em Sevilha. Tão distantes, realidades incomparáveis, duas provas em que o Sp.Braga quer ser feliz: pretende, como na temporada passada, intrometer-se na luta até final pelo campeonato, cada vez encaixa melhor na ambição dos bracarenses, mas tem os milhões da Liga dos Campeões, a singelos noventa minutos disputados com o Sevilha, na oportunidade de uma vida que não dá para desperdiçar. Domingos Paciência poupou jogadores importantes, como Rodríguez, Alan ou Paulo César, o Sp.Braga jogou num ritmo baixo, teve oportunidades mas esbarrou no guarda-redes Diego, acabou por ficar manietado pela teia de Manuel Fernandes. O Vitória é uma equipa aguerrida, lutadora, procura a sua sorte e esteve perto. O jogo foi dividido, equilibrado e o empate ajusta-se. É melhor para os sadinos, sim, mas o Sp.Braga apostou forte para estar bem em Sevilha. O campeonato é longo, o playoff não.
Para além de FC Porto e Nacional, agora numa liderança partilhada a dois, Sp.Braga, Vitória de Setúbal, Académica e Paços de Ferreira haviam vencido na primeira jornada. Todas empataram agora: os bracarenses e os sadinos anularam-se em Setúbal (0-0), os estudantes cederam em casa num final dramático ante o Olhanense (1-1, justo, com os golos surgidos na ponta final) e os pacenses, também com um nulo, empataram em Leiria - União ainda sem golos marcados e sofridos. Por outro lado, a Naval, vencida pelo FC Porto na primeira jornada, bateu o Portimonse (nova derrota depois de Braga), confirmando a malapata existente no Estádio do Algarve para a equipa e para o seu próprio treinador, Litos. No encerramento da jornada, em Guimarães, Vitória e Rio Ave empataram, mantendo-se sem golos marcados nas duas jornadas. Para os vimaranses é o segundo empate, depois de Olhão, enquanto para o Rio Ave é o primeiro ponto.
Primeira aparição oficial em casa, primeiras chamas junto dos seus, motivação para dar continuidade ao ciclo vitorioso. O Beira-Mar sabe até onde pode ir, é realista, não teve problemas em reconhecer a superioridade portista. Mesmo assim procurou criar perigo, explorar fragilidades, que existem mas os dragões disfarçam como ninguém, incomodando Helton. Conseguiu-o nos primeiros vinte e cinco minutos: fechou os caminhos, posicionou-se bem e obrigou o FC Porto a errar. O golo de Radamel Falcao, oportuno e letal, soltou o dragão, antes preso por ter ficado órfão de alas por ter perdido Ukra no início, para uma troca de bola eficaz, dominadora, sempre em crescimento. O golo de Belluschi, fabuloso, garantiu a vitória antes do intervalo. O FC Porto elevou o rendimento da segunda parte, o Beira-Mar enrolou a bandeira. O meio-campo azul assentou, pressionou, rompeu e Falcao, puro talento, fixou o resultado.
O Benfica perdeu, pela terceira vez consecutiva no arranque de época, está a zero no campeonato, fez soar o alarme, precisa rapidamente de se reerguer, igualou um mau registo com quase sessenta anos. É incontornável não o referir: Roberto Jiménez, o portero espanhol vive acossado pelo valor que custou, perde espaço de manobra a cada jogo, sempre incentivado por Jorge Jesus, mas fraquejou antes os madeirenses e veste a capa de réu: por não ter sido lesto na saída no golo de Luís Alberto, onde Cardozo falhou a marcação, mas, sobretudo, por ter permitido que um lance inofensivo terminasse no golo da tranquilidade do Nacional. Mas não é o único culpado, porque Gaitán e Cardozo desperdiçaram bolas de golo, ao passo que Rafael Bracali se agigantou na outra baliza. O Benfica está diferente, carente de explosão e equilíbrio, vive apenas de Fábio Coentrão, e só marcou num remate de raiva de Carlos Martins. Foi pouco.
Invertendo a ordem natural dos acontecimentos, relevando o que é mais importante, começa-se pelo final. Tchô derruba Liedson, Bruno Paixão indica grande penalidade, os sportinguistas respiram de alívio por poderem desfazer o nulo, garantindo três pontos preciosos, confiando em Matías Fernández para isso. O chileno parte confiante, imune, atira certeiro. E o Sporting vence o Marítimo, duas equipas derrotadas na primeira jornada do campeonato e a meio da semana para a Liga Europa, criticadas e pressionadas, em busca de uma vitória, fosse como fosse, independentemente da exibição. O Sporting foi sempre mais equipa, mais controladora, criou maior perigo para Marcelo Boeck, mesmo não tendo deslumbrado, bem longe disso, nem sido uma equipa sufocante. Paulo Sérgio arriscou, ficou privado de João Pereira num lance arrepiante, tentou dar maior acutilância à equipa e terminou a sorrir. Três pontos amealhados, ponto final.
Corpo em Setúbal, mente em Sevilha. Tão distantes, realidades incomparáveis, duas provas em que o Sp.Braga quer ser feliz: pretende, como na temporada passada, intrometer-se na luta até final pelo campeonato, cada vez encaixa melhor na ambição dos bracarenses, mas tem os milhões da Liga dos Campeões, a singelos noventa minutos disputados com o Sevilha, na oportunidade de uma vida que não dá para desperdiçar. Domingos Paciência poupou jogadores importantes, como Rodríguez, Alan ou Paulo César, o Sp.Braga jogou num ritmo baixo, teve oportunidades mas esbarrou no guarda-redes Diego, acabou por ficar manietado pela teia de Manuel Fernandes. O Vitória é uma equipa aguerrida, lutadora, procura a sua sorte e esteve perto. O jogo foi dividido, equilibrado e o empate ajusta-se. É melhor para os sadinos, sim, mas o Sp.Braga apostou forte para estar bem em Sevilha. O campeonato é longo, o playoff não.
Para além de FC Porto e Nacional, agora numa liderança partilhada a dois, Sp.Braga, Vitória de Setúbal, Académica e Paços de Ferreira haviam vencido na primeira jornada. Todas empataram agora: os bracarenses e os sadinos anularam-se em Setúbal (0-0), os estudantes cederam em casa num final dramático ante o Olhanense (1-1, justo, com os golos surgidos na ponta final) e os pacenses, também com um nulo, empataram em Leiria - União ainda sem golos marcados e sofridos. Por outro lado, a Naval, vencida pelo FC Porto na primeira jornada, bateu o Portimonse (nova derrota depois de Braga), confirmando a malapata existente no Estádio do Algarve para a equipa e para o seu próprio treinador, Litos. No encerramento da jornada, em Guimarães, Vitória e Rio Ave empataram, mantendo-se sem golos marcados nas duas jornadas. Para os vimaranses é o segundo empate, depois de Olhão, enquanto para o Rio Ave é o primeiro ponto.
1 comentário:
gosto do titulo...
«nova cara, velho hábito, Drgão já se agarrou ao topo» ...
Veremos no que dá ...
Cumps,
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