sexta-feira, 8 de abril de 2011

[Liga Europa] FC Porto 5-1 Spartak Moscovo


Depois da festa a... Goleada!

Depois da festa do título nacional, e merecida, exigia-se concentração para mais uma eliminatória complicada e mesmo a conferência de imprensa do André Villas-Boas e do Falcao demonstravam que a equipa tinha mudado de chip, passaram de ambiente de festa para ambiente de concentração máxima, e era algo que me deixava um pouco de pé atrás, como estaria realmente a equipa após o título conquistado e a sua festa, porque era exigida concentração e seriedade máxima para esta eliminatória.

O FC Porto continuava no seu habitual 4x3x3, com uma diferença para o 11 que se tornou campeão na Luz, saiu Otamendi e entrou para o seu lugar Maicon, quando vi isto fiquei algo apreensivo porque o Maicon às vezes parece eclipsar-se dentro do próprio jogo mas tinha que estar confiante na perspectiva do André em pô-lo a titular e saltava-me logo à vista as bolas paradas, tanto defensivas como ofensivas, lá na frente continuava o trio bastante móvel de Hulk, Varela e Falcao que dava garantia máxima de qualidade e o meio campo continuava com o pivô defensivo entregue a Fernando e na frente os habituais 2 médios centro com Moutinho e Guarín a serem responsáveis pela fase de transição. O Spartak vinha ao Dragão na esperança de marcar golos e conseguir pelo menos um empate, e trazia o seu 4x2x3x1 com Wellinton como homem mais avançado no terreno e com Alex como o maestro da equipa nas alas apareciam Dimitry Kombarov e McGeady com Ibson a pivô e Carioca a médio box-to-box, antevia-se que viessem à procura de jogar apoiado pelas laterais e a aproveitar a velocidade de Wellinton.

E foi como se perspectivava o Spartak entrou em campo melhor que o FC Porto, criando situações de real perigo perto da baliza do Hélton, com Wellinton a ser o homem mais activo na zona ofensiva da equipa Russa. O FC Porto tentava fazer a posse de bola e a sua circulação habitual mas não conseguia realizar isso com inúmeras perdas de bola e passes errados e isso foi mérito da pessão muito acima do terreno por parte do Spartak. Os primeiros 15/20 minutos foram de conhecimento táctico e posicional entre as equipas, onde o Spartak teve um ligeiro domínio, mas com o passar dos minutos o FC Porto, aos poucos, ia tendo o ascendente do jogo, inclusive chegou mesmo ao golo inaugural, passavam 37 minutos do início da partida, uma jogada iniciada por João Moutinho que assistiu Álvaro Pereira que cruzou e Falcao num excelente voo cabeceou, um belo golo do avançado portista, até ao intervalo o FC Porto continuou a gerir a posse de bola e a circulação da mesma, mas o resultado acabou mesmo por ficar inalterado até ao intervalo, 1-0.

O FC Porto entrou na segunda parte como tinha acabado a primeira, a dominar o encontro com muita posse de bola e à procura do 2º golo, que acabou por acontecer ao minuto 65 numa excelente jogada do ataque portista, que depois Falcao amortece de peito e Varela a rematar forte, e o encontro que ao início parecia complicado acabou por descomplicar-se com este 2º golo. Foi com alguma naturalidade que o FC Porto chegou ao 3º golo após canto na esquerda marcado por Moutinho, Maicon ao 1º poste, num bom gesto técnico de cabeça faz o 3-0, onde o guarda-redes Dikan parece ficar mal na fotografia.

Quando tudo parecia indiciar que a eliminatória começava a ficar sentenciada, na jogada seguinte ao 3º golo do Porto Kiril Kombarov aproveitou bem um passe do interior do meio campo defensivo do FC Porto e finalizou da melhor forma perante a saída do Hélton, o FC Porto consentiu o golo e nos minutos seguintes o Spartak galvanizou-se e acreditava que podia conseguir um resultado mais positivo, mas Villas-Boas via que tinha de mudar alguma coisa no FC Porto e decidiu mexer na equipa onde tirou Guarín e Varela para a entrada de Belluschi e James, dando assim mais técnica ao ataque portista mas mantendo o 4x3x3. O Porto voltou a pegar no jogo com a sua importante circulação de bola e posse de bola e o André ainda realizou mais uma subistituição tirando Hulk e fazendo entrar Cristian Rodriguez.

O FC Porto com estas alterações todas voltou a pressionar e a ganhar a posse do jogo, também catapultado pelo apoio do público, que acabaram por chegar ao 4º golo após um excelente jogada na ala esquerda azul e branca, num bom entendimento entre Álvaro Pereira e Cristian Rodriguez que cruzou de primeira e Falcao a aparecer na sua zona de caça e finalizando da melhor forma. O FC Porto ameaçava ainda marcar mais um golo o que acabou mesmo por acontecer, pelo suspeito do costume, Falcao num excelente golpe de cabeça após um livre bem marcado por Belluschi.

O FC Porto mesmo fazendo uma primeira parte mais fraca, conseguiu realizar uma excelente segunda parte, onde o Falcao foi mesmo o melhor jogador do encontro assinando um hat-trick, o primeiro no Dragão, até guardou a bola para recordação. O FC Porto acaba por conseguir um excelente resultado e está com um pé e meio nas meias finais.

Escrito por Nunes

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