segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Leixões afastado da Taça na lotaria das grandes penalidades

Pelo segundo ano consecutivo o Pinhalnovense está nos quartos-de-final da Taça de Portugal. Desta vez teve o arrojo de afastar o histórico Leixões em pleno Estádio do Mar, numa peleja dirimida até ao desempate através de grandes penalidades.
Despressurizado, liberto de proibições, sem qualquer tique de arrogância ou de vitimização. Belo jogo de taça, mais uma prova da inexistência de sectarismo e de classes sociais empilhadas nesta prova. Leixões e Pinhalnovense foram iguais durante 120 minutos (e mais uns pozinhos) ,
Rol de acontecimentos estonteantes, perigo a rondar cada uma das balizas e dois guarda-redes em alerta vermelho. Em estratégias diametralmente opostas, é verdade, os conjuntos entraram viperinos e só surpreende não ter havido mais golos.
O Leixões assente num futebol mais suave, entregue ao talento de Oliveira e às movimentações de Rui Pedro e Tiago Cintra; o Pinhalnovense coriáceo nas suas fundações defensivas e a procurar obsessivamente a cabeça do experiente Miran e a velocidade do agitador Quinaz.
Num desses momentos, a bola saiu da direita e atingiu em cheio o coração da área do Leixões. Grande penalidade de Danilo sobre Miran, exemplarmente transformada por Quinaz. O Leixões pagava, por esta altura, a absurda desconcentração demonstrada na hora do remate: Oliveira, Tiago Cintra e Rui Pedro, nenhum deles teve a lucidez necessária para ajustar o enquadramento com a baliza.
Augusto Inácio sentiu necessidade de agitar as águas do Mar, colocou mais dois avançados em campo (Felix e Feliciano), mas o melhor que alcançou foi o golo de acesso ao prolongamento. Danilo, num belo cabeceamento, desfeiteou Pedro Alves e serenou os ânimos. Por pouco.
Embora a posse de bola reforçasse a superioridade estatística do Leixões, o Pinhalnovense manteve-se manhoso e absolutamente concentrado. Não houve sossego até final do minuto 90 e muito menos no tempo de prolongamento. Aí falou mais alto o medo de perder do que o ardor da vitória. Menos risco, menos brilhantismo e a decisão protelada até às inevitáveis grandes penalidades.


FICHA DE JOGO:
Jogo no Estádio do Mar, em Matosinhos
Cerca de 1200 espectadores
Árbitro: Cosme Machado (AF Braga)


LEIXÕES: Paulo Ribeiro; Jean Sony, Zé Pedro, Danilo e Laranjeiro; Cauê, Rúben (Felix, 46), Fábio Espinho (Feliciano, 46) e Oliveira (Pedro Santos, 79); Rui Pedro e Tiago Cintra.
Suplentes não utilizados: Fonseca, Tininho, Sales e Paulo Tavares.
Treinador: Augusto Inácio


PINHALNOVENSE: Pedro Alves I; Diogo Figueiras, Dorival, Tomaz e Luís Sousa; Semedo e Pedro Alves II (Dionísio, 70); Miguel Soares, Mustafá e Quinaz; Miran.
Suplentes não utilizados: Renato Mata, Caipiro, Peixoto, Hélder Monteiro, Hugo Costa e Adul.
Treinador: Paulo Fonseca


Cartões amarelos: Zé Pedro (41), Luís Sousa (45), Pedro Alves II (52), ), Oliveira (57), Tomaz (58), Cauê (76), Miran (81), Tiago Cintra (83), Quinaz (87), Miguel Soares (109) e Felix (119)
Cartão vermelho: Felix (120)
Golos: Quinaz (41, g.p.) e Danilo (54)

In http://leixoes-sc.blogspot.com/

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