sexta-feira, 18 de março de 2011

[Crónica] FC Porto 2-1 CSKA Moscovo

Após uma primeira mão bastante complicada com todas as adversidades inerentes de jogar na Rússia, onde o Porto conseguiu uma preciosa vantagem fora por 0-1, com um golo de Guarín, antevia-se uma segunda mão igualmente complicada, porque o CSKA estava em desvantagem e se queria passar teria de vir ao Porto para marcar golos, e com um ataque que tem à sua disposição e onde o seu ponto forte é mesmo o contra-ataque, poderiam mesmo por em causa a vantagem do Porto na eliminatória. No FC Porto houve uma pequena 'surpresa', digamos assim, no '11' inicial Belluschi ficou no banco e Guarín de novo a tomar conta da titularidade, onde o André Villas-Boas também preferiu a irreverência do James em detrimento da explosão do Varela na ala.

O Porto entrou a ganhar no jogo e a consolidar a eliminatória, ainda quando muitos dos adeptos se sentavam confortavelmente no seu sofá eis que um livre do lado direito do ataque portista, marcado pelo Hulk, onde ninguém chega a tocar, na minha opinião, e já o Porto festejava um golo fazendo assim o 2-0 na eliminatória e 'estragando' qualquer tipo de estratégia pretendida pelos Russos. O Porto após o golo foi sempre controlando o jogo no meio campo Russo mas deslumbrou-se e a meio da primeira parte o CSKA teve alguns lances de bola corrida perigosos, junto da baliza de Hélton, mas quando o CSKA reagia eis que o Porto numa fase menos conseguida consegue chegar ao 2º golo e fazia o 3-0 na eliminatória, para mim era o sentenciar da eliminatória, isto porque o CSKA teria que marcar 3 golos para dar a volta à eliminatória, o golo foi marcado por Guarín após desentendimento entre o defesa e o guarda-redes russo e que James aproveita bem e cruza para a área onde Guarín finalizou em força.

Como tinha dito parecia que o encontro e a eliminatória estava sentenciada para o Porto mas eis que uma nova chama surgiu do lado dos Russos, 5 minutos depois do golo do Guarín, o CSKA chega mesmo ao 2-1 (3-1 na eliminatória), após bom passe a rasgar de Dazgoev e que Tosic na cara de Hélton finaliza da melhor forma. O Porto até ao intervalo ainda teve uma excelente oportunidade para fazer o 3-1, após livre de James Rodriguez, onde os centrais do Porto atrapalharam-se, isto porque 'atacaram' a bola no mesmo espaço de terreno e a partida ia assim para o intervalo em 2-1, e sinceramente não almejava que o CSKA conseguisse dar volta ao resultado e consequentemente à eliminatória.

Para a segunda parte nenhum dos treinadores mexeu no seu 'puzzle' vindo assim os mesmos intervenientes que actuaram na primeira parte, algo que mudou aos 52 minutos para a saída e James Rodriguez, uma exibição mais apagada do avançado Colombiano, para a entrada de Belluschi e com isto o Porto ganhou mais consistência no meio-campo e fechava melhor os espaços, apesar da maior consistência a defensiva portista sempre que era chamada a intervir, por causa da velocidade do ataque do CSKA ia dando conta do recado. O tempo esse ia passando e era favorável ao Porto que tinha uma bela vantagem na eliminatória (3-1), mas para mim mais que isso era o Porto garantir a vitória no jogo.

O Porto ia exercendo uma pressão muito grande ainda na fase de construção defensiva do CSKA o que causava dificuldades e algum futebol sem nexo dos Russos, com este facto o Porto ia conservando a posse de bola e aproveitando para gerir o resultado e o jogo chegava mesmo ao seu termino com a vitória do Porto por 2-1, a 10ª em 12 jogos esta época em jogos europeus, mais um recorde quebrado por parte de André Villas-Boas, batendo assim o Sporting de 04/05 de Peseiro e o Benfica de 09/10 de Jesus, ambos com 9 vitórias. Foi um encontro onde o Porto foi gerindo com inteligência e onde desde cedo mostrou interesse em acabar com as esperanças Russas com o golo ao primeiro minuto de jogo.

Escrito por Nunes

Sem comentários: