quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Dragão heróico sorri mas com o coração nas mãos

Após um primeira mão em que o Porto conseguiu um grande resultado fora de portas, 1-2, vinha a segunda mão, desta feita no Dragão e com a expectativa em torno de Falcao ser titular ou não algo que se confirmou horas antes do jogo. Ainda antes do jogo discursos dos treinadores apontados à motivação extra da sua equipa, cada vez é mais importante a motivação e os mind games no futebol para no extra-futebol se conseguir alguma vantagem mental. O FC Porto entrou bastante forte no jogo com uma atitude dominadora e agressiva, onde claramente o objectivo era marcar um golo, contudo o Sevilha vinha com o intuito de dar a volta à eliminatória e demonstrar que 1-2 da 1ª mão não seria um resultado impossível de virar.

Logo aos 3 minutos Kanouté deixou um aviso claro numa jogada pelo lado direito do ataque Andaluz e que saiu a centímetros do poste, após este lance perigoso o Porto acertou as marcações e conseguiu controlar o meio campo e também teve sucesso ao não deixar o Sevilha sair com a bola jogável. O Porto lá ia conseguindo trocar a bola e criando lances de perigo, primeiro por Belluschi e depois Falcao que atirou à trave, mas sempre esbarrava no posto, no guarda-redes ou ia para fora e assim acabou a 1ª parte com o FC Porto por cima do encontro mas sem conseguir transformar o bom futebol e a superioridade em golos.

Na segunda parte o ritmo de jogo aumentou e o Sevilha equilibrou o encontro após a saída de Sérgio Sanchez e e a entrada de Luís Fabiano, mas ainda antes disso o Porto teve mais uma oportunidade para inaugurar o marcador por Belluschi mais uma vez e depois até foi Hélton a brilhar após remate de Perotti no contra golpe foi Moutinho a rematar ao lado após uma excelente iniciativa de Varela. O tempo ia passando e o relógio estava do lado azul e branco, pouco tempo depois Belluschi desmarca bem Hulk que não conseguiu dar o melhor seguimento ao remate e um pouco contra a corrente de jogo o Sevilha na resposta chegou ao golo por Luís Fabiano. O Sevilha após o golo melhorou e o Porto tremeu e numa entrada perigosa de Álvaro Pereira, ficou reduzido a 10 unidades, se já era mau ter sofrido um golo passar a jogar com 10 ainda tornava o cenário mais negro, mas pouco depois, e já com 40 minutos de atraso o Sevilha ficou reduzido a 10 unidades por expulsão a Alexis.

O treinador do Porto soube mexer no campo e apostou tudo num meio campo forte e a apostar lá na frente na velocidade e mobilidade de Hulk, tirando o Falcao e meteu o Guarín e tirou o Moutinho e meteu o Sapuranu, o Porto dispôs de alguns lances perigosos que esbarraram sempre ou no desacerto na finalização ou no guarda-redes Andaluz, ainda meteu em campo Maicon para a saída de Varela, apostando assim em centímetros que seriam úteis perante as bolas paradas, sempre perigosas do Sevilha.

Foi a primeira derrota da época azul e branca na Liga Europa mas que lhes permite passar para a próxima fase que até já se sabe o adversário, será o CSKA Moscovo. O Porto jogou muito bem, falhando muito no capitulo da finalização. Nesta segunda mão foi o inverso da primeira com o Porto a não ter tido a estrelinha da sorte. Ainda de referir que o árbitro, na minha opinião teve algumas falhas e uma dualidade de critérios bastante gritante, Alexis e Navarro deveriam ter sido expulsos é certo que o 1º acabou por ser mas já foi com algum atraso e no caso do Álvaro Pereira é uma entrada dura é certo mas parece-me bastante exagerado o cartão vermelho directo ainda para mais é no meio campo defensivo do Sevilha. Mas o que interessa é que passámos e este jogo a equipa já conseguiu um futebol mais consistente.

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