sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

A noite escaldante entre Sá Pinto e Liedson

As palavras que trocaram Liedson e Sá Pinto antes de o director apresentar o pedido de demissão... Estádio José Alvalade, Lisboa, 20 de Janeiro de 2010. Em campo Sporting e Mafra, equipas que disputam a passagem aos quartos-de-final da Taça de Portugal. Os leões ganham por 4-1 e o jogo está perto do fim. A noite tem tudo para acabar em festa para os homens de Alvalade. Minuto 83: Adrien atrasa a bola para Rui Patrício. O guarda-redes tenta enviar a bola para o meio-campo, mas falha o pontapé. E sai uma rosca. A bola sobe e o chinês Zhang, atento, salta mais alto que Rui Patrício, colocando o resultado em 4-2. Os adeptos não perdoam o falhanço do guarda-redes. Uns apupam, outros assobiam. Sentado no banco de suplentes, Liedson não fica indiferente. E faz um comentário para o lado. «Nossa, os adeptos não perdoam mesmo nada...», disse. Sá Pinto está a escassos metros do luso-brasileiro. O director para o futebol profissional dos leões ouve o desabafo do levezinho e reage. «Vê lá como é que falas dos adeptos. São eles que te pagam o ordenado. Se não fossem eles não eras a estrela que és. Deves ter a mania que és o dono do clube», terá dito.Liedson manteve-se calmo mas não deixou Sá Pinto sem resposta. «Dono do clube? Eu? Você é que deve ter a mania que é o dono do clube», respondeu.O Mafra faz um golo pelo meio, novamente através de Zhang (90+2), e o jogo chega ao fim. O Sporting apura-se para os quartos da Taça de Portugal.Nesta fase regista-se um novo desaguisado entre Sá Pinto e Liedson. Quando os jogadores se dirigiam para o balneário, o então director para o futebol pede aos atletas que agradeçam ao público o apoio dispensado. A maioria acatou com naturalidade, Liedson terá torcido o nariz, alegando estar incomodado com alguns assobios oriundos das bancadas. A cena decorre e, pouco depois, os jogadores descem as escadas de acesso ao balneário. Os dois trocam algumas palavras.O ambiente está aparentemente sereno, a missão dos leões foi cumprida com sucesso. Os jogadores preparam-se para tomar o retemperador duche. Sá Pinto, entretanto, pede a atenção de todos e inicia aquela que seria uma pequena reunião. O director desportivo falou naquilo que apelidou de «falta de respeito» por parte de Liedson. O luso-brasileiro voltou a responder. «Falta de respeito? Eu não lhe faltei ao respeito», disse. O caldo entornou-se a partir deste momento. Sá Pinto aponta o indicador ao avançado, este afastou-lhe a mão e o director passou das palavras aos actos, atingindo Liedson com três socos que lhe deixaram marcas no rosto. Os presentes também reagiram de imediato e tentaram separar a briga. Um dos mais decididos a acabar com a triste cena foi Polga. O brasileiro meteu-se no meio dos dois e nesta altura, de cabeça completamente perdida, Sá Pinto ainda terá tentado dirigir-se ao campeão do Mundo, tendo sido agarrado por alguns dos presentes. Carlos Carvalhal terá assistido a tudo. Naturalmente incrédulo e sem conseguir reagir.versão Abola
A relação de Sá Pinto com Liedson não era das melhores, em virtude de um Sporting-Rio Ave (2004/ 05), no qual Sá Pinto marcou um penálti quando era Liedson que estava designado, mas ambos mantinham uma relação politicamente correta.
De tal forma que nada fazia prever o sucedido na noite de quarta-feira. Liedson não gostou dos apupos dos adeptos ao colega de equipa e criticou a atitude vinda das bancadas. Uma realidade que não agradou a Sá Pinto, que repreendeu o avançado. Este ripostou e os dois trocaram insultos no banco de suplentes.
No final da partida, foi agendada uma reunião no balneário. Num discurso acalorado, onde Sá Pinto terá acusado Liedson de lhe ter faltado ao respeito, o luso-brasileiro contrapôs os seus argumentos, até que foi mandado calar pelo dirigente. Esta recomendação foi efetuada com um dedo em riste apontado junto à face do Levezinho, que não se inibiu de sacudir a mão de Sá Pinto com uma palmada.
Ato contínuo, o diretor reagiu com um violento soco na cara do camisola 31. Apesar da incredulidade de todos, entre os quais se incluía Carlos Carvalhal, o grupo apressou-se a separar os dois intervenientes, gerando-se ainda algumas discussões entre Sá Pinto e outros jogadores.
O diretor de futebol abandonou depois as instalações visivelmente enervado, enquanto Liedson, que ficou algo combalido, ainda procurou tirar desforço saindo à procura do dirigente na garagem, valendo na altura a pronta intervenção de alguns colegas a evitar que o camisola 31 perdesse a cabeça. Liedson deixou depois Alvalade acompanhado por familiares. Era o fim de uma noite de pesadelo em Alvalade.versão Record
Inadvertidamente, foi Rui Patrício a acender o rastilho que fez estoirar o conflito entre Sá Pinto e Liedson. O lance caricato que originou o segundo golo do Mafra deu origem a uma acesa discussão entre os dois e acabou com um confronto físico já no balneário. Um episódio cujas consequências se fizeram sentir pouco depois e que O JOGO conta em detalhe e explica ao pormenor na ilustração que começa no topo desta página.
Tudo começou quando o 31 se pegou com um adepto descontente com a fífia do jovem guardião no 4-2. Sentado no banco, Liedson ouviu uma voz vinda das bancadas chamar por Stojkovic. "Picado", o goleador respondeu, ouvindo por isso uma repreensão do director do futebol leonino, que lhe falou de dedo em riste. Ainda mais incomodado, Liedson encarou o dirigente e atirou: "O 'cara' já cá nem está e pedem por ele? Defende o garoto, 'pô'!"
Irritado, Sá Pinto obrigou o avançado a agradecer ao público no final, mas o baiano recusou-se e seguiu para o balneário. Os suplentes não utilizados abandonaram o banco e o ex-internacional português foi ao relvado cumprimentar os jogadores leoninos.
Já na cabina, o antigo 10 pediu a todo o grupo respeito por sócios e adeptos, aproveitando para visar Liedson: "Tu és um ídolo e deves dar o exemplo para estas pessoas que nos pagam os ordenados!" Furioso pelo novo ralhete, o avançado foi ainda mais ácido, Sá Pinto elevou o tom de voz e o conflito instalou-se até que o brasileiro, já descontrolado, insultou o ex-companheiro. Acto contínuo, Sá Pinto acercou-se do goleador e aplicou-lhe um soco no rosto. Vukcevic colocou-se entre ambos, pediu calma e assim evitou mais agressões. Liedson, fora de si, foi retirado do balneário. A mulher, Gabrielle, apareceu para o acalmar e impedi-lo de procurar a vingança, ao mesmo tempo que o dirigente era acalmado pela maior parte dos jogadores. versão Ojogo

1 comentário:

Mikos disse...

eu não sei é como se publicam coisas não vistas nem ouvidas porque essas cenas passaram-se antes das 24h e só se souberam ás 2 e tal da manhã, logo aí nenhum jornalista ouviu nada esse diálogo está visto que é inventado e não se devia de publicar em blogs ou sites de Sportinguistas pois para acender o rastilho já bastam os merdas dos jornalistas e da corja de jornais de trampa que temos neste país de debilóides.
Ou seja...não fosse um bufo que circula dentro das instalações e bálneario do SCP nada disto vinha á tona, ou pensam que destas cenas não se passam também nos outros clubes??????

Saudações Leoninas